O silêncio das lágrimas secas.
Não me corte mais por dentro.
Nem me dilacere as entranhas.
Minha alma moribunda quer viver.
Meu coração anseia por calor.
Meus olhos anseiam por um sorriso.
Minha existência muda implora por palavras.
Sofrimento vem e me desfaz.
Não quero mais ser desfeito.
Eu quero calor em meu peito.
Por isso, eu te peço, dor.
Peço que não me corte mais por dentro.
Nem me dilacere as entranhas.
Minha alma moribunda quer viver.
Meu coração não quer mais sofrer.
Chega de lágrimas secas perdidas no vazio do silêncio.
Agora é hora de ouvir os pássaros cantando.
É hora de ver o sol brilhando e as flores desabrochando.
Mesmo que a alma ainda sofra.
Mesmo que o coração ainda grite.
E mesmo que não exista nem alívio, nem esperança para o fim dessa terrível dor.