Foi assim...

Foi assim…meus olhos te viam e sondavam quando estavas triste, eu queria estar junto de teu coração, mas não te encontrei, fiquei triste, desolado mas ainda assim continuei meu rumo, mas desorientado. Um dia, qual vide enxertada de doce fruto, selecção dourada de arrima cura de vil agro, volvi, procurei o quente refulge de sol quedado, sol poente de vermelho raiar. Sim…tudo absorvi, as doces lágrimas do orvalho matinal que lavaram minha face empoeirada da rude caminhada por trilhos e socalcos, que me entorpecem os músculos e me enrijecem a pele, outrora macia e lustrosa. Áquila silenciosa que perdura nas noites sombrias e húmidas dos meus medos, e do submundo que fujo, quero sondar teu intimo acariciar o que ainda se pode volver, ou quiçá se poderá tornar em presente o passado. Imagem tenebrosa do que arreia o pensar, solícito de ânsias e desejos, mas ficou tua marca, teu cheiro, indelével em meu peito impresso, qual côncavo amasso do encosto no cajado da vida. Meus olhos agora choram, meu coração sente a ausência do que não tem, mas qual quimera de altos voos, te acompanharei até á eternidade.