Vida real

Há um longo tempo

Prometi para mim mesma

Que fragilidades

Não atingiriam meu coração.

Mas como podemos mandar

Em algo tão vulnerável,

Tão quebradiço,

Tão cego...

Algo que bate involuntariamente

E cada batimento produz um tremor,

Perdemos o chão...

Ficamos sem fala.

Pena que não existem

Finais felizes

Para que possamos viver

Eternamente nesse transe.

Feliz e solidário,

Amável e reconfortante

Que um beijo afável

Um dia pôde nos proporcionar.

Somos estrelas cadentes

Sem nenhuma direção.

Somos realidades indigentes

Sem dor e sem paixão.

Pamela Faria
Enviado por Pamela Faria em 08/05/2011
Código do texto: T2957683
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