INCONSTÂNCIA

Do que valem as lágrimas quando não se sabe o por quê?

Serão apenas uma expressão vazia da tristeza?

Mas... qual o motivo dos olhos lacrimantes?

Será apenas a sutileza do não... uma defesa?

Caminhar... mas para que lugar?

Correr para arejar... mas quem abraçar?

Cantar espanta os males... que canção lembrar?

Simplesmente esquecer... quando os olhos fechar...

Os estranhos encontros com os fatos desconexos

Criam surpreendentes sensações

Contudo, ao parar e meditar sobre elas

Pode-se entender o bater mudo dos corações.

Mesmo assim... do que valem as lágrimas?

Se ninguém as percebe e fazem que não as vêem?

Vale a pena confessar e não saber se o pecado foi esquecido?

Se no meio do sonho, o pesadelo é voraz e destrói o que convém?

Misericórdia... é o último trunfo...

De jogar tudo pelo buraco negro do esquecimento

E almejar que o perdão faça novamente brilhar a inocência

E as lágrimas dêem lugar a alegria... Novo começo... outro sentimento...

Denilson Neves Rampin
Enviado por Denilson Neves Rampin em 22/11/2006
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