Sangue e cinzas

Folhas mortas pelo chão,

cinzas do passado.

Cicatrizes que virão,

rastros do pecado.

É apenas a história.

O tudo e o nada.

Onde resta a memória,

foi somente uma cruzada.

É visto como natural

o prazer e o desprazer.

O pensamento desigual

é o que sempre vai ser.

Como é feita a vida...

É uma eclosão.

A semente, a saída

ou impulso do coração.

O galho que se soltou,

o tronco enfraqueceu.

O vento o levou

depois desapareceu.

Meu adeus na despedida,

os versos bradando...

Na esperança extinguida,

só Deus sabe até quando.

Helmuth da Rocha
Enviado por Helmuth da Rocha em 23/05/2011
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