VERSOS A UMA MORENA

Extraordinária!

Extravagante!

Ela é e sempre será

Como a escuridão:

Tão misteriosa.

Quando passa prosa,

Escrevo versos

Para venerá-la.

Não quero amá-la,

Pois amor à distância

É tão mais belo.

Da minha sacada

Com um violoncelo,

Canto um blues

Que lhe compus

E que como outros,

Tratam de tristeza.

Tanta beleza, Senhor,

Neste meu romance

Que parece ser de novela.

Da minha janela

Vejo-a passar

E fico a sonhar

De lápis e papel na mão.

E quando volto à realidade,

Sei que na verdade,

Como não quero,

Nunca a terei!