O MEU DESENLACE

Eu vou na minha lúgubre vida

Vivendo um dia sem o fulgor teu,

Parece que a vida não me é querida,

Parace que a esperança já morreu.

Eu vejo a morte do abacateiro

Que protegia-me do calor atroz

As folhas dos seus galhos, sombreiro,

Na aurora, do bem-ti-vi, a voz.

E agora a minha manhã fica silente,

Não ouço nenhum pássaro cantar,

Apenas tocando musica dolente

Da saudade de poder te amar.

Não ouço o esbravejar dos ventos

Que farfalhavam nas cimeiras,

Nem frondejantes os pensamentos

De dores vis costumeiras.

A minha vida vê despertar a aurora

E passar pelo rugido do progresso,

Com tantos estrondos, ave canora,

Não tem previsão para o regresso.

Até mesmo o meu amor foi embora,

E nunca mais eu vi retornar a face

Da minha rubra flor de outrora

Levada neste meu desenlace.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 31/05/2011
Reeditado em 31/05/2011
Código do texto: T3005374
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