DURMO À BEIRA MÁGOA

Deito minhas lástimas à beira mágoa,

atormenta-me esta desavença,

e tenho meus olhos rasos de água,

que não têm nenhuma valença.

A frustração trai-me e me incomoda,

sou a própria ironia em pessoa,

minha vida sacia-se e acomoda,

do que em mim simplesmente ressoa.

Nas paredes assimétricas de minha aflição,

toda a fútil infelicidade me seduz,

e eu não tenho mais nenhuma emoção,

tudo em mim é vacuidade e reduz.

Tento um golpe de asa sem olhar pra trás,

chamar o amor que tudo reluz,

mas infelizmente nada me satisfaz,

caminho tristemente em contra luz.

Jorge Humberto

07/06/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 07/06/2011
Código do texto: T3019746
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