VAGA-LUME

Vaga-lume, vaga-lume !

Pedacinho de estrela cadente,

Que veio do céu salpicando luzes,

Riscando de prata as minhas noites.

Fogos vivos adornando o silêncio,

Em todas as noites, de todos os santos,

A enfeitar o vento, a marcar o tempo,

Os fogos-fatuos bordando os mantos.

Os mantos tristes das noites frias,

De vultos cinzas na escuridão plena,

Vem dar esperanças, inspirando sonhos,

Os meus sonhos em noite serena.

Vaga-lume, desde menino te conheço,

Desde a infância dos jardins sem muros,

E todo o tempo, nessa varanda triste,

É sua luz que ilumina os meus escuros.

Beto Pupo
Enviado por Beto Pupo em 27/11/2006
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