Um Conforto Poético

Deus dê luz aos que descansam em flores,

Que suas almas se cubram de alegria,

Que a reza destinada a elas, seja em demasia,

Desejo por tudo que é mais sagrado: Saia dores!

Não sei fazer cortejos com canção que acalma,

Não sei cantar como o Bem-te-vi que sopra nuvem,

Não sei manipular betume para esquentar os que vem,

Mas sei dizer mil vezes amém com o orar da palma!

Mal sei o nome das flores que levam os que vão,

Não sei dizer qual anjo lhe estenderá a mão!

Queria saber chorar em versos primorosos,

Os liames que se desprendem dos corpos ditosos!

Queria em verso todo novo, vagar donde vivem eles,

Queria sentir o gosto d'água que deles mata a sede...

Que Deus os conceda os seus mantos de sedas

Para que descansem em paz!

Pergentino Júnior
Enviado por Pergentino Júnior em 19/06/2011
Reeditado em 23/02/2017
Código do texto: T3044713
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