NOITES NEBULOSAS

Nas noites nebulosas que se perde o amor

O coração num brado, um nome chama,

A inesquecível flâmula que arde o fulgor

Brandindo a saudade d´alma que ama.

O orvalho goteja o frio na pele morena,

Nos olhos distantes reluzindo a busca

Do amor perdido que a noite envenena

O brilho das ruas que de sarcasmo ofusca.

E ao ouvir a tua voz, a menina modesta,

De princípios antiquados, formas antigas,

Pensamentos retrógrodos, alma honesta,

Me apresentara uma noite entre as cantigas.

Agora distante num acerbo adeus

Eu agonizo dia e noite, noite e dia,

Com tua imagem esboçada nos céus,

Aguçando mais ainda a minha agonia.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 20/06/2011
Código do texto: T3046008
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