A maldade humana
Quantas aves o céu
Você precisa abater
Para satisfazer a sua fome?
Será que vale a pena?
Aves lindas e formosas
Feitas para alegrar a nossa existência
Pombas, pombinhas
E você só pensa na força do seu estilingue
De dor é o meu pranto
E o meu olhar
Como pode o homem
Querer satisfazer a sua “gula”
Abatendo um animal tão pequeno
Se fosse por fome pelo menos
Se fosse por falta de alimento
Eu entenderia
Mas não compreenderia
Porque o meu coração
Vê nisso
A violência da gana humana
Incapaz de sensibilidade
Eu olho para aquela pombinha
Você olha para a sua carne
Eu me encanto com a sua beleza
Do seu vôo no céu azul
E de ver como catam os galinhos no chão
Para construir seu ninho
São tão lindas, tão nobres
As pombinhas desse imenso jardim
Elas sempre estão
Onde eu estou
Não matem as pombinhas
Não tirem o meu sono
Vocês turvaram a água da fonte
Onde teus irmão bebem todo dia
O líquido turvo da tua burrice
2010