Cinza

Inda lembro seu riso, seu cheiro, seu laço

Sinto seu abraço quando fecho os olhos

Olhos lacrimejosos onde a luz extinguiu-se

Olhos esses, que outrora brilhosos

Se julgavam ditosos

Por sobre seu peito, seu pêlo deitar-se

Sigo a estrada porque não posso voltar;

Perdida em meus passos, soluço fraco

Enquanto em meu peito parecem brotar

Aquelas pequenas partículas de dor

Que chegaram quando você se foi.

A estrada me trás arrastada diante do abismo...

Fecho meus olhos enquanto caio

Vôo em direção à liberdade

E em meu desmaio

Caio em teus braços

Apenas para voltar à consciência

E descobrir que o mundo é cinza.

Monique Freitas
Enviado por Monique Freitas em 02/12/2006
Reeditado em 09/10/2012
Código do texto: T307799
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