PERDÃO

Hoje

Tenho pouca inspiração

Não domino a solidão

Coração partido

Por ser bandido

Por fazer chorar

A Quem me fez sorrir

Por trazer pesar

A quem me deu amor

Amigo dos ébrios desequilibrados sou eu!

Que se inebria com a paixão

E se esquece da razão

Que se engana com o afeto

Inevitável!

Ferrenho!

Vales tu muito mais que meu amor!

Pois a ti apenas trousse a dor

Não sabia que era amigo da mesquinhez!

Tudo que fiz

O fiz ofuscado

Pela luz negra do pecado.

Pela dúvida cruel de não saber que te amava

Pela fúria da vingança sem sentido

Desprovida de razão

Amante dos covardes

Recai agora o orvalho do temor

Que rega aos poucos

A temível oscilação quanto ao real

Se te amasse tanto assim

Não teria trago a ti o sofrer

Se te amasse tanto assim

Seria firme em minhas promessas

Oh quão terrível sou!

Estou triste

Estou fraco

Estou só

Há se soubesses tu!

Anteriormente a fonte de minhas inspirações

A razão da vida vivida

Agora triste

Sofrida

Carente

Se soubesse eu

Que mais mal que bem traria a ti

Teria me privado do ar

Fenecido com temor

Para ser lembrado com amor

Saibas tu agora

Que o fulgor de outrora se exauriu

Que o doce frasco de perfume se partiu

E o precioso licor que traz a união

Espalhou-se ao chão da amargura

Esvaindo-se ao arrepio do amargo calor da vida

Imperiosa

Impiedosa

E que agora

A esperança da existência esta fria

Sem sentido

vazia

Queria reconsiderar

Redimir-me

Reconquistar

Queria eu ser como ar

Que não se vê

Mas esta lá

Não faz chorar

Não faz sofrer

Não faz morrer

Queria ainda ser como a lua

Que faz com que teus olhos se encham de lágrimas

Lágrimas estas de alegria,

Em quanto a observas

Em quanto a contemplas

Queria

Há como queria!

Mil vezes queria ser como o sol

Para trazer o calor da vida para ti

Acalentar-te

Consolar-te

Perdão

Pois nada disso sou

Não mereço o bem de seu amor

Outra vez

Perdão

Por te fazer sofrer

Por não te merecer

Eu sei

Mereço esse castigo

Eu sei

O amor ira contigo

Viveras!

Serás feliz.

Terás o merecimento das preciosas damas

As primícias das que esperam

Terás o valor das bem amadas

Bem aventuradas...

No mais sublime paraíso,

Sem sofrimento

Sem solidão

Sem dor

Somente o riso

Somente o puro

Somente o amor...

Edu vilar
Enviado por Edu vilar em 14/07/2011
Reeditado em 18/08/2011
Código do texto: T3095093