[Os gritos, dos ecos da minha alma]

Apresentando O Transversal “La Folie e outras migrações de aves, de outros seres, de outras almas (algumas minhas…)”

Por vezes em esperas sem o sopro do vento,

Fora de tempo,

No tempo dos furacões. Ilusões que se evaporam,

Como a água engolida, pela terra mãe.

Gotas, apenas gotas,

Que formam rios violentos, espumando,

Trucidando as margens, conquistando as flores,

Abafando gritos

Que, abafam os meus gritos,

Que se transformam em urros silenciosos,

Mudos.

[Por vezes em esperas, sem o sopro do vento],

Por vezes sem esperas,

Sem tempo,

O tempo que não descansa,

Não nos dá descanso, nem algures,

Nem nos ecos silenciosos das montanhas.

[Que faço eu, no meio desses ecos...

Que faço eu, tão longe de ti...

Que faço eu, tão longe de mim (?)].

Nas migrações, de tantos os migradores,

Gotas, apenas gotas.

[Gotas, de pensamentos que se querem rios,

Gotas, que formam rios violentos].

Rios violentos que abafam,

Abafam gota a gota, os gritos.

[Os gritos, dos ecos da minha alma].