Colapso

Este mundo

em que as vontades se envergam

como galhos das arvores

pós-tempestades,

consome qualquer habitante.

Mundo aclive!

Em que eu pelo menos

rolo abismos

e sempre caio de onde estive.

Mundo ardido de fogueiras...

E o coração pobre coitado

fatalmente fulminado.

Pergunto-me por que

não passa logo uma nave

e me tira da ilusão-entrave;

melhor é ser abduzida.

Aguardo um extraterrestre

que de mim se enterneça,

aperte os eixos da minha cabeça

ou então,

regule as hélices da minha vida

para eu funcionar,

sem mais esta fadiga

de sempre despencar.

Suzette Rizzo _ november 11, 2007