Entre o Um e o Dois!

Você finge que não.

Eu só digo ok.

Quantos morrem na mão do destino vazio em nós?

Você percebe a falta de rima.

Eu quero rimar a falta.

De tanto sobrar o que nos resta..

Você busca a melhor pose.

Eu, uma careta que assuste.

Você faz-de-conta.

Eu Mundo-real-cão.

Você esconde as avenidas no bolso.

Eu me perco na viela, exposto.

Entre todas as coisas opostas:

Um! Dois! Três!

Entre todas as coisas perdidas:

Dois! Um!

Mil pessoas em comum.

Entre todos os planos infundados:

Dois! Comuns!

Você insiste em lembrar.

Eu rezo para esquecer.

Você promete não falar.

Eu me calo ao perceber.

Você nota o notório ao ver.

Eu finjo contradizer você.

Nós perdemos a nota que notavamos no começo do fim, nosso.

Tatiana Marques (Tath)
Enviado por Tatiana Marques (Tath) em 08/08/2011
Código do texto: T3146158
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