A MORTE DO PAPAI

No dia cinco de agosto...

No ano de noventa e cinco!

Eu tive grande desgosto...

Um dos maiores, não minto!

Estava eu visitando...

Ao vir do Rio de Janeiro!

Minha mãe, meu pai abraçando...

Num regozijo verdadeiro!

Eu cheguei pela manhã...

Porém à tarde pranteei!

Com meus irmãos, mãe e irmãs...

Sofremos muito eu bem sei!

Foi logo após o almoço...

Que ele resolveu deitar!

Velho João, um bom moço...

Pra nunca mais se levantar!

Debaixo de uma árvore...

O AVC fulminante!

Pedi pra vida: colabore...

Comigo naquele instante!

Meu pai os olhos revirou...

Nariz e boca sangravam!

Meu coração se apertou...

Coisas ruins prenunciavam!

Saí correndo em desespero...

Fui um médico procurar!

A morte chegou primeiro...

Para o meu velho levar!

Quando o médico e eu...

Chegamos ao local!

Vimos que o meu pai morreu...

A comoção era total!

Ao Doutor restou o gesto...

De o óbito assinar!

Mas do meu pai eu confesso...

Que sempre irei carregar!...

Exemplo de boa gente e honesto...

Homem de muito valor!

Nunca quis bancar o esperto...

E a ninguém nunca lesou!

Era um homem sincero...

Iletrado, é verdade!

Me amava com esmero...

E a mim tinha lealdade!

Tenho o seu DNA...

E me sinto orgulhoso!

O seu nome quero honrar...

Sendo um vitorioso!

Descanse em paz velho João...

Meu pai, meu grande amigo!

O exemplo de bom cidadão...

Esse morrerá comigo!

Antonio Alves
Enviado por Antonio Alves em 13/08/2011
Reeditado em 30/05/2023
Código do texto: T3157833
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