Agora lembro... já ti esqueci

Tanto ti dei, que tanto perdi e tanto chorei

Até meu sonhar, agora sei, pra ti foi tão pouco

Minha saudade, ais e suspiros, todos ti dei

Pobre de mim, ao ti ouvir me chamar de louco

Louco por tanto, louco por tudo, louco eu sou

Se pisas minha alma, se ris do meu canto

Se zombas do canto que minha alma cantou

Não importa! Todos sabem que louco eu sou

Se a porta se abre, o mundo se fecha, onde entrar?

Com teu sorriso, que porta, que mundo se pode abrir?

Se é sorrir por sorrir, se é chorar, onde ficar?

Se parado, ou se sobre o tempo poder caminhar

Caminhos perdidos, por sonhos vencidos, e vivídos

Em loucuras doentes, vontades dormentes, dementes

Que fazem voltar, e no espaço perdido fazem chorar,

Que importa se louco, agora preciso e só quero gritar

Queres que grite? Um nome? Grito, não vou ti chamar

Fantasma tristonho seria teu nome, seria lembrar

De beijos molhados, corpos suados, teu sussurrar

Ou mesmo gritando, prazer incontido: Quero ti amar

Que louco eu fui, se estou, ou se louco ainda sou

Marcando teu corpo, de beijo de gosto sem nenhum sabor

Na fronha uma flor perdida sem côr, o tempo apagou

Matando a vontade do corpo desnudo que a vida marcou

Caminhos perdidos, num corpo marcado por tanto prazer

Se pisas minha alma, se ris do meu pranto, agora eu vi

Em loucuras doentes, vontades dormentes, dementes

Que agora me lembro, esqueci de dizer que já ti esqueci.

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 15/08/2011
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