Impérios ruíram antes de eu ser,
impérios ruem enquanto sou,
impérios ruirão depois que eu for.

Porém houve um pequeno povo de assassinados
- moral e fisicamente -
cujos ais frágeis e pânico incomum
habitam para sempre este coração
de pedra e mel.

E me surpreendo pensando como pode
não silêncios, que são mágoas,
não saudades, que são risos,
não palavras, que são flores lançadas,
mas um pequeno povo
caber no coração dum homem...


                               (escrito na juventude)
Jô do Recanto das Letras
Enviado por Jô do Recanto das Letras em 20/08/2011
Reeditado em 23/08/2011
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