TEMPO AO TEMPO?

Perdido no mito do tempo

Na sobra e falta de tempo

Nas madrugadas do tempo

Em reuniões com todo tempo

Notívagos diálogos de tempo

Passeios tendo e contendo tempo

Diálogos nas meias noites com tempo

Princípios onde principia esse tempo

Preso ao mito de teu temporário tempo

Fustigado por teu intermitente tempo

E perdurará isso ainda por quanto tempo

Dou-lhe todo o meu infindo e apaixonado tempo

Não me perguntando se ainda terei algum tempo

Sôfrego por um micro segundo de teu precioso tempo

Mas agora analisando esse modelo de tempo

Onde se delineia a cadeia de todo teu tempo

No caudal do cabedal de teu íntimo tempo

Nas refrações de teu quadrangular tempo

Solto e envolto pelo teu corrido e indolente tempo

Contrapondo-me a tua total falta de ter tempo

Consolando-me com um segundo de teu tempo

Vendo retraírem-se a cada minuto a mais esse tempo

Isolando-se de mim por conta de falta de tempo

Por onde andas a contrapor-se todo o tempo

Faço coisas que lhe irritam para perturbar teu tempo

Pois não sei o que adicionas e nem o motivo em teu tempo

Madrugadas infinitamente repletas de muito tempo

Tempo que assim torna para mim inatingível tempo

Inconsistente e frágil as explicações do tempo

Pois já há muito tempo observo esse tempo

E sei que lhe perco lentamente no tempo

Mesmo descortinando há tanto tempo

Esse amor por ti que já faz tanto tempo

Aumento mais e mais mesmo sem teu tempo

Por quanto tempo

Tempo tempo

Meu tempo

Teu tempo

Há tempos

Tempo

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 24/08/2011
Reeditado em 24/08/2011
Código do texto: T3179992
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