Sigo caminhando.

Madrugada em dor,sonho acordada com flor.

Meço meus passos,caminho pelo amor.

Percorro distâncias longínquas.

Choro em silêncio,

Alma insone,

Pranto inaudível,

Dor que ninguém vê...

Mas sonho e caminho

E meus rastros colorem o chão

Pés feridos pelas pedras e espinhos da vida.

Buscando sempre um refrigério.

Vida erma,sem oásis ou mesmo miragens...

Nenhuma árvore frondosa.

Só a imensidão de um horizonte desertificado.

Alma cansada,gritando um nome

Como um profeta que clama no deserto

E nenhum ouvinte mostra estar perto.

Sigo caminhos

Que não sei onde me levarão.

Até um novo dia raiar

Em lindo alvorecer.

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 09/09/2011
Código do texto: T3208997
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