A perda

Tristes sonhos que em mim fizeram

Covardes medos da aurora aberta

Em que a busca talvez perdida

Me torne a vida quiçá deserta

Fulgores lívidos na alma pálida

Que perde a cor como seda ao sol

Que deixa triste um alegre canto

Que mata as flores do arrebol

Minha alma chora como chora o vento

Ao ver a flor no chão pendida

Que em sussurros chora em silêncio

Por que agora sabe que lhe vai a vida

Por entre os sonhos a verdade foge

E eu, covarde, me entrego ao pranto

Minha voz se cala em meu desespero

E faz que a vida eu não tenha zelo

Assim me perco do que encontrei

Após tantas vidas em que busquei.

Tão perto estive qu o perfume doce

Me tomou as lágrimas que já chorei.

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 15/09/2011
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