Poesia e pranto

Traiçoeiro encanto que as vezes trai

O pobre poeta que não chora um ai

É a poesia quando da dor se esconde

E o poeta busca-la, não sabe onde

Sedutor encanto é a poesia triste

Quando fala a dor de saudade infinda

A dor que poucos sabem que existe

E de chora-la ninguém sabe ainda

Vai o poeta buscando em sonhos

Ou em verdades já falecidas

Prantos, saudades ou um adeus até

Dádivas que não podem ser esquecidas

Assim o poeta pelo traiçoeiro encanto

Da fugaz poesia que se faz de canto

Se lhe foge a voz e se a palavra vai

Faz o poeta a poesia, com o próprio pranto.

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 23/09/2011
Reeditado em 07/10/2012
Código do texto: T3237193
Classificação de conteúdo: seguro