SOLIDÃO DA NOITE

Sombria é a noite que me entristece,

onde como companhia só tenho um velho lampião.

A lua lá em cima sempre se esquece

que a noite traz consigo a atroz solidão.

O sono não chega e o pensamento voa

oscilando entre o que já passou e o que ainda vem.

Passo a noite lamentando ao vento, que triste ecoa

sem direção, para cá, para lá, para além.

Ecos que invadem a imensidão noturna

transmitindo as dores do cruel açoite.

Mas o tempo impaciente age como urna

e comigo dorme a solidão da noite.

Lucia Liz
Enviado por Lucia Liz em 11/10/2011
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