ASSALTO
Ontem durante um assalto
Vi minha vida por um fio,
Vi a morte cara a cara
Me chamando para um afer.
Escondido atrás do móvel
Ouvia o zunir das balas
Serem disparadas contra algo ou alguém
Promovendo os estragos que são capazes.
Encolhido de olhos fechados
Ouvia os gritos os choros
Das pessoas que apavoradas
Nada podiam fazer
Diante do terror e da morte aparente.
Tremendo, suando frio
Coloquei as mãos nos ouvidos
Tentando inutilmente nada escutar.
Apenas esperar o bom desfecho
Daquele pesadê-lo,
Daquele inferno que me consumia.
De repente algo aconteceu
Senti dor aguda no ombro!
Coloquei instintivamente a mão
Para vê-la vermelha de sangue.
Me apavorei, implorei a DEUS por ajuda
Sufocando o grito de dor
Para não denunciar onde estou
E ser morto impiedosamente.
Meu DEUS não quero morrer!
Desmaiei e quando acordei
Estava na cama de um hospital
Envolto no silêncio do quarto
Chorando, porém agradecendo a DEUS
Por estar vivo.
CIÃO: 11 /10 /2011
Alto Passagem - MG