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Estas lágrimas

Que choro calada

São lágrimas cansadas

Da renúncia diária...

Esta palavra

Gritante, escavada

Da pedra de meu coração

É a palavra escrava

Desta ordinária sensação

De desmerecimento...

Este peito arfante,

Agonizante carrilhão

Desafina ao tom da rotina

A coroar meu semblante

Avesso à multidão...

Somente esta desolação,

Este descompasso,

Este frio abraço

Da incompreensão

É capaz de amenizar

Tal horrenda condenação...

Estas lágrimas

Bravias, caladas, frias

Choram a vida arredia

Que optei por viver...

Estas lágrimas

Ácidas, negras, doentias

São as navalhas, anomalias

Que povoam a minha visão...

E já não posso ver

Pois cadeados impedem...

Já não posso ver

Meus grãos de areiam se perdem

Neste mar de resignação...

xll CLaRa Lee llx
Enviado por xll CLaRa Lee llx em 16/10/2011
Reeditado em 16/10/2011
Código do texto: T3280817
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