A filha que abandonou o Pai...

Criei minha filha com muito amor

Noites em claro passei, pois você não dormia

Ensinei brincadeiras no silêncio da madrugada

Pois agindo dessa maneira,

Estaria amando incondicionalmente

Enfrentei grandes conseqüências, te dei minha dignidade

O dom do amor,

É nosso legado, te acariciava ate adormeceres

Era a mim que queria, fecho os olhos e vejo tudo novamente

Dei-te o privilégio mais especial de todos.

O homem se torna mal e tirano sem amor

Pois te ensinei a fazer o bem,

A fazer sua parte.

Minhas forças se foram

Meus cabelos se tornaram brancos e ralos

E quando por amor a ti, me separei de tua mãe

Para que não sofresse ao ver teus pais vivendo em desarmonia

Transformou-me em um monstro, o que eu jamais poderia ser.

Há seis longos anos precisei de ti:

Não encontrei...

A filha que criei, secou minhas lágrimas de tanto vazio.

Por onde andas minha filha...

Porque me abandonaste?

Condicionaste-me a dor, a dor que eu sempre evitei dar-te.

Minha carência de ti dilacerou meu coração, não existe cura.

Transformaste em uma rocha, meu pobre coração.

O mesmo que você aquecia há seis longos anos.

Sempre te esperei, acreditando que tudo era passageiro.

Em minha morte te lembrarás de teu pobre pai?

Estou aqui, ainda há tempo.

Criei-te, Te vi nascer

Mais se esqueceste de mim.

By: Elvis R. Jz™

Elvis Robert
Enviado por Elvis Robert em 17/10/2011
Reeditado em 17/10/2011
Código do texto: T3281259
Classificação de conteúdo: seguro
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