Depois do perdão, veio a dor.

Tudo parecia ser como num conto de fadas.

Eu me sentia um príncipe, um rei.

E ela, minha princesa, minha amante, amada.

Vivíamos um sonho, um amor profundo.

Eu era dela, e ela era toda, só minha.

Vivíamos o amor perfeito, o maior amor do mundo.

Eu jurei a ela um amor eterno, um amor além do além.

O amor dela era somente meu, eu era o seu soberano.

Amor como o nosso ninguém fez, ninguém.

Seguíamos rumo ao infinito, rumo à eterna felicidade.

Eu era a vida dela, ela era tudo na minha vida.

Nós suspirávamos juntos, um imenso amor de verdade.

Às vezes caminhando na chuva, sorrindo, vivendo.

O tempo passando, e a felicidade em nós, crescendo, crescendo.

À noite ela me preenchia de amor no nosso ninho, nosso leito.

E adormecia relaxada, enfraquecida, sobre o meu peito.

E quando acordava em desalinho, me aquecia com o seu calor.

A gente esquecia da vida, e recomeçava de novo o nosso amor.

Era um vai e vem, um entra e sái, um sussurro, um gemido.

Era tanto amor entre dois corpos, suados, cansados, espremidos.

Mas num dia qualquer, ela simplesmente esqueceu de mim.

E caminhou pro outro lado da vida, o lado errado.

Se feriu nos espinhos, conheceu a dor, sofreu, caiu no pecado.

Eu chorei, eu morri, eu me senti dos homens, o pior.

Ela me contou todos os seus momentos de fraquezas.

E eu perdoei, pois o meu amor por ela, ainda é o maior.

Agora eu estou lutando, por mim e por ela, tentando apagar.

Não quero perder o grande amor da minha vida.

A mulher que eu escolhi para amar, só para amar!

No dia a dia, seguimos ora sorrindo, ora juntos chorando.

Sentindo dentro do peito o valor do perdão e o tamanho da dor.

Lutando, seguindo, vivendo juntos.

Mostrando que só o amor, é maior que o pecado e a dor.

Que juntos, ainda podemos viver esse nosso grande amor!

Manaus, 18 de outubro de 2011.

Marcos Antonio Costa da Silva