A Tristeza do Final

Hoje é dia de chuva, o dia em que te conheci é um dia de inspiração para um pequeno aprendiz.

Ouvindo o ritmo da cidade enquanto caminho, eu percebo as lágrimas do céu a cair.

Sons misteriosos de lugares mil vêm a me persuadir, vem a me guiar em um pedaço de papel sobre aquele dia em que fui obrigado a te ver partir.

Tão certo como a tristeza que se trancou em meu peito é o prazer que subitamente venho a sentir enquanto eu escrevo. A imortalidade das orações de todas aquelas noites passadas que eu fiz sobem aos céus na contra balança de diminuir os meus pecados que me castigaram por te deixar ir sem mim.

Olhando a sombra de suas pegadas eu vejo você se distanciando dos sonhos que um dia eu fiz. Seus sorrisos, o calor dos seus lábios começa a se esvair da minha memória infantil.

Eu amaldiçôo o mundo que me fez assim, repudio o destino me isola de ti.

Se preciso eu cruzarei as linhas da vida em busca de seus olhos, não me interessando o tão importante seja a perfeição que deveria existir em mim.

Um inconformismo explode num lamento silencioso nesse dia que você morreu sem mim. Hoje eu vejo que você foi sem mim e sem se despedir. A vontade do sangue mortal não se compara com as lições que a vida insistiu em deixarem tatuadas em mim.

Eu não consigo me levantar de cima da ultima coisa que me faz sentir você perto de mim. Doce e caloroso amor porque me abandonas e me deixa sentir a fria lapide molhada nesse dia em que termina sem você existir.

Marquês Dz
Enviado por Marquês Dz em 28/12/2006
Código do texto: T330222