DESPEDIDA

Seus olhos não vão mais brilhar

Para mim,só me resta lamentar

Uma parte do meu ser morreu

Para a vida lentamente

Junto aos cacos do meu presente

Da minha alma que adoeceu

O cabo da âncora foi partido

E me sinto bem fundo ferido

Tal qual um navio que naufraga

No mar revolto das emoções

Desprovido de todas ilusões

Afogado na onda que me traga

No teu corpo,não mais cultuarei

Formas sublimes que tanto amei

Fugirá de mim o sabor do mel

Guardado nos lábios da tua boca

Que para mim,tornar-se-á oca

Restando apenas o amargor do fel

Sempre queimará a ferida

Chaga da experiência vivida

Como uma febre mal curada

No triste epílogo de um amor

Que acaba nos destroços da dor

Relembrando a imagem da pessoa amada.

SERGIO LOYOLA
Enviado por SERGIO LOYOLA em 30/10/2011
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