CONTRAPONTO

Eu não posso viver tua justiça

por isso sou rebelião;

Não compactuo com teu senso

por isso sou artesão;

Não posso consumir-te como me consomes

por isso sou a fome;

Não posso andar em linha reta

contemplando na sorte

o ardor do mal e da morte;

Não posso matar-me como me matas

com teu coração de pedra;

Assim eu não te amo

E nem mais sou teu poeta.

(Do livro: "Para Ninguém")

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 07/11/2011
Código do texto: T3322589
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