Minha Morte.

Doída, dolorida, corroída a ida de meus sonhos.

Doída, dolorida, corroída a discriminação sentida na pele.

A carne e o coração sangrando.

As lágrimas escorrendo por sobre os panos.

E na alma a dor dilacerada e dilacerante.

Alucinante pulsar de sentimentos.

Jogaram cimento em meus sonhos: eles viraram pedras e se quebraram.

Mundo velho e mau sem fronteira.

Presencio a morte de meus ideais.

Porque quando a gente é, como é, e não da maneira que os outros queriam que fossemos...

Eles nos matam...

Aniquilam nossa alma.

Esmagam nossa vida.

Eles pisam em nossa verdade e nos rasgam sem piedade.

Injustiça insana.

Maldade profana.

O homem mau a todos engana: mas a Deus ele jamais poderá enganar.

E ao sentir a pele rasgada.

Ao sentir o corpo mutilado e a alma massacrada.

Nada mais resta...

Nada mais nos sobra além da dor e do rancor.

Porque no final só fica o pavor de sabermos que a única coisa que nos restam é a morte.

Pois, que hoje me mataram.

Jogaram terra em meus sonhos.

Mutilaram minha vida.

Me tiraram a comida, o sustento e a esperança.

Mataram tudo em que eu acreditava...

Tudo se foi.

E eu aqui fiquei: um zumbi esmagado e atormentado.

De tudo que foi e que ficou: apenas a morte sobrou e esta nem o vento levou.

Não, a morte o vento não levou e a mim só a dor e somente a dor restou.

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 10/11/2011
Código do texto: T3328440
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