Musa de Chuva
Sangro silêncio
Chorando ao romper da dor
O existir no colo do abismo.
A noite nega às sombras
O coágulo da angústia.
O poeta em vão sofre,
Vomita o fogo do lirismo
carbonizando a alma...
Que segredo o universo vela?
Só resta o descanso
No caos silente
Duma sinfonia de mágoas
(música que flameja
Em acordes de quietude).
e as brisas brincam
nos cabelos de chuva
da mais triste das musas!