Musa de Chuva

Sangro silêncio

Chorando ao romper da dor

O existir no colo do abismo.

A noite nega às sombras

O coágulo da angústia.

O poeta em vão sofre,

Vomita o fogo do lirismo

carbonizando a alma...

Que segredo o universo vela?

Só resta o descanso

No caos silente

Duma sinfonia de mágoas

(música que flameja

Em acordes de quietude).

e as brisas brincam

nos cabelos de chuva

da mais triste das musas!

Luis Felipe Saratt
Enviado por Luis Felipe Saratt em 05/01/2007
Reeditado em 15/09/2007
Código do texto: T337727