Elegia Chorosa

O choro inunda tudo

com caos

e lágrimas de luz

Sonhar é ratificar a ilusão

perpetuo na poesia o cansaço

duma ferida recôndita

que sangra no peito

Pergunto ao deus do silêncio

a dúvida do amor

Só restam resquicios de cor

na amplidão silente

A ampulheta do tempo derrama

a negra areia

sepultando o coração

escravizado na angústia

E o poeta mais triste

chora versos

que ecoam no Nada

Luis Felipe Saratt
Enviado por Luis Felipe Saratt em 05/01/2007
Reeditado em 05/01/2007
Código do texto: T337740