Elegia Chorosa
O choro inunda tudo
com caos
e lágrimas de luz
Sonhar é ratificar a ilusão
perpetuo na poesia o cansaço
duma ferida recôndita
que sangra no peito
Pergunto ao deus do silêncio
a dúvida do amor
Só restam resquicios de cor
na amplidão silente
A ampulheta do tempo derrama
a negra areia
sepultando o coração
escravizado na angústia
E o poeta mais triste
chora versos
que ecoam no Nada