A morte cotidiana do amor.

Chorem, meninos e meninas, chorem.

Chorem, garotos e garotas.

Chorem, homens e mulheres.

Chorem, idosos e idosas.

Chorem, heteros, gays, lésbicas e bissexuais.

Sim, chorem, brancos, negros, pardos, indios e mestiços.

Chorem, sim, chorem.

Chorem muito.

Chorem, hoje e amanhã.

Chorem, bichos, arvores e todos serres viventes desse mundo.

Sim, chorem muito: chorem a morte cotidiana do amor.

Chorem, a perpetuação da dor, do desamor e do rancor.

Chorem, o crime cometido contra a humanidade.

Chorem, a desigualdade e a desumanidade.

Chorem, a desonestidade e chorem mais ainda a maldade feita de irmão contra irmão.

Chorem, criaturas desse mundo.

Chorem a morte do amor e a perpetuação do desamor.

Digo chorem, porque eu não tenho mais palavras para dizer que possa suavizar toda essa injustiça que reina nesse mundo.

Chorem, porque ao invés de vivermos o amor, nós vendemos o amor.

Sim, nós vendemos o amor e ao fazermos isso nós nos perdemos do amor.

Sim, o amor nesse mundo não mais existe.

Mas, se o amor não mais existe, você poderia me perguntar, então, o que existe?

O que existe, meu amigo, é apenas a ilusão de algo que partiu para nunca, nunca mais voltar.

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 20/12/2011
Código do texto: T3398807
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