O cego do castelo
Perdido no silêncio mórbido
no íntimo da paz horrenda,
só, vazio e esquecido.
De tudo que um dia me fazia
restaram mutiladas sombras.
Lembranças de dores que outrora
sentia.
Na vã procura, um foço
meu lúgubre e profundo poço,
eu, que penso ser triste e fosco.
Errante... Vago... Vaga-lumes
sem rumo, me desarrumo... sem lume,
tudo é cinza, tudo é morto e torto.