DROGA

DROGA

Jazia

Na pedra fria

O corpo da jovem Maria

Nada fizera para ter esse fim

Apenas nascera de família chinfrim

Desde cedo a vida era uma agrura

Recheada de rotina dura

Catando lixo na rua

Para sustentar de droga gente sua

Até que um dia

Coitada da Maria

Quis mudar de vida

Tentar em algum lugar ser querida

Disse o pai, te mato

Disse a mãe, te ajudo no ato

E não acreditando

Maria já ia zarpando

Sem pestanejar o pai a matou

Com uma pedra do chão

Pois ia ficar sem pedra

De crack na mão

E assim lá se foi Maria

Sem ao menos um dia

Em sua vida de dor

Ter conhecido alguma forma de amor

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 27/01/2012
Reeditado em 10/02/2012
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