INOCENCIA

Pobrezinha sem nada, suja, pela rua,

no afã de que chegasse a noite para ter

no aconchego do escuro o sorriso da lua

e do sopro do vento cantos de ninar.

Parou numa Igrejinha na beira da estrada,

de mãos postas em sinal de oração, ajoelhada,

na inocência de um anjo cheia de esperança,

Pediu: - “Hoje, Senhor, é o dia das crianças;

sendo criança este é meu dia também;

Quero como presente uma cama quentinha

e as histórias bonitas de minha mãezinha”.

E a noite caiu... E ela sozinha sem ninguém,

na calçada dormia feliz pôr achar

Que de sua mãe ouvia tão doce cantar.

Mario dos Santos Lima
Enviado por Mario dos Santos Lima em 29/01/2012
Código do texto: T3467707
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