NO LIMITE

Que frio que arrepio, dou rodopio e assovio,

Medo do frio e estar por um fio, desafio meu tempo,

A alma gelada chora calada, na escuridão demônios mil,

O lado sombrio desmaia de dor, pavor sem cor.

Ensaio uma saída a pequenos passos, que descompasso,

Ultrapasso meu limiar, quero gritar o grito entalado, amargurado.

O frio espinhal paralisante, aterrorizante gritante.

Temporal, vendaval, infernal, quero um ponto final.

Diagonal, enviesada ou reto, afinal, apronto sem apontar.

Reconto o desaponto na tentativa de desconto.

Tonta, confronto meu idealismo, duelista do EU.

Faço uma lista dos créditos emocionais, coloco na balança,

Com ponteiros duvidosos, onde vão penderem?

Fico na torcida, por medida de segurança aciono a esperança.

Corro risco da insegurança, dívida vencida e acrescida.

Dívidas emocionais, compromissos morais de anos atrás.

Medo do frio que agora desafio, rompe a barreira,

Faço uma prece, que me aquece de prontidão.

Chega de me debater, vou correr até a estação esperança,

Pegar o trem para o futuro e liberar infortúnio.

Marta Cavalcante Paes
Enviado por Marta Cavalcante Paes em 02/02/2012
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