Quando eu precisei...

Neste instante, diante de ti, eu vou falar.

Da vida da gente, do nosso amor e da minha dor.

Dos momentos de frio e solidão que eu passei.

E das lágrimas eternas que por você eu chorei.

Das juras infinitas de amor que eu te fiz.

E da vida que você não conseguiu me fazer feliz.

Dos meus carinhos, dos meus afagos e do teu prazer.

Dos teus delírios de não querer comigo viver.

Eu vou te falar da minha eterna paixão.

E tudo o que você não sentiu por mim no coração.

Do momento que eu te encontrei sozinha, perdida.

Do bálsamo do meu amor cicatrizando tuas feridas.

Do teu sorriso falso me levando na conversa.

Do abraço fraco e sem força.

Do beijo seco e sem amor.

O sexo distante e disfarçado.

Tudo o que eu queria na minha vida.

Você não conseguiu ser.

Eu te precisei pra me amar intensamente.

E você me negou esse direito.

Te carreguei no colo feito uma menina.

E você me trocou na primeira esquina.

Eu caí, eu chorei, eu sofri, eu morri.

Eu me ergui sem o apoio da tua mão.

E mesmos assim...

Te carreguei por tanto tempo no meu coração.

E quando precisava de mim, eu estava presente.

Mas nos momentos que eu precisei de você.

Eu encontrei um vazio no teu lugar.

Apenas a solidão, a tristeza e a infelicidade.

Que vieram comigo ficar.

Quando eu precisei de você.

Você me negou o direito de ser só minha.

Manaus, 28 de fevereiro de 2012.

Marcos Antonio Costa da Silva