O Miserável

Miserável exposto ao nada

gira como um cata-vento,

á despertar ilusões.

A fome é a faca

de dois gumes

e o pão, seguimento infame. A A ermo se vai á grimpar,

expondo a espada á frente.

A luta é livre, no ergástalo

sombrio da mente.

Na ermida, atrás do morro,

há rima de cólera e dor.

Divina noite de estrela,

com negros traços do horror.

O pobre implora em segredo,

nada mais que a paz.

Nada mais que um nome,

nada mais que o amor.

Branca Tirollo

limaodoce
Enviado por limaodoce em 18/07/2005
Reeditado em 19/10/2008
Código do texto: T35279
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