Exílio

Pétala presa a janela

força a lembrança subjulgada

e trancada do lado de fora

a cair na sala de musica.

Onde um folha petrificada

as cordas do piano distorce

notas em sonoridades secas.

Inutil e saber-se feliz na

ausência de males passados.

Deserto é o abrigo da chuva

tristeza é o fim da segurança.

Semblantes estranhos avultam

a calçada a finco diário tornando

-se conheciveis a rotina temente.

Certeza é o preço da amargura.

Apanha a pétala, limpa o piano.

senta-se e improvisa o sentir

Distante dos outros resisti

a guerra gloriosa da vida de antes.

Fecha a janela e varea memória

trancado em seu canto perdido

Persiste buscando exílio de si.

Reis de Oliveira
Enviado por Reis de Oliveira em 09/03/2012
Código do texto: T3545256
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