No escuro
Meu coração bate diferente,
meninos com lanternas,
almas são eternas.
Carros transitam com pressa,
luzes pela fresta,
luzes na escuridão.
Daqui desse banco,
não entendo o que se passa na minha cabeça,
vozes ao meu redor,
quem sabe eu esqueça?
Esqueça do escuro,
das ruas sem ninguém,
da garoa.
A tristeza desse lugar me assusta como a buzina de um caminhão,
e nada me anima nem me desanima,
o que eu vejo agora e o que eu sinto por dentro,
não sei descrever...
01.12.97