A poesia que a tristeza escreveu

Pensamentos se vão perdidos voando soltos

Seguindo rastros em caminhos entre nuvens,

Como se estas pudessem ser marcadas

Por passos, por lágrimas ou saudades.

O espaço se comprime dentro do peito,

Que se faz mundo para suportar a dor,

Essa dor que invade a alma, que fica

E faz morada como se dona do tempo ela fosse.

Tudo é triste, a casa vazia se enche de silêncio

E uma angustia tão grande quanto densa

Toma conta de um coração em que o pulsar

É apenas uma outra maneira de chorar.

A casa se faz imensa, as portas se fazem grades

E as janelas são como meus olhos, abertos,

Mas sem nada ver... olham para o nada...

Dentro de mim como se eu fosse uma casa vazia

A solidão aplaude os versos que a tristeza recita

A angustia pede bis, mas a tristeza diz não,

Quer recitar versos novos, diz que tem tantos,

Como se cada uma de minhas lágrimas

Fosse luz em sua inspiração. Ah! Saudade!

Vou olhar estrelas, talvez assim, quem sabe,

Uma me grite alegre: Me olha ... me olha

Sou o reflexo dos olhos dela.

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 06/04/2012
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