Amante da Solidão

Ergo esta taça e bebo à ti, solidão;

Tu, que me faz companhia todo santo dia,

Até nos momentos de escuridão.

Acostumei-me assim, com tua sinfonia...

Desculpe-me se às vezes te maldisse

Estava na esperança desesperançada do amor:

Arrependi-me; foram momentos de meninice!

É um sentimento avassalador!

Vede, que ironia!

As pessoas negam-te, cheios de esperança

Tu mesma, solidão, és a mais sozinha

Até espalhares a tua vingança...

Agora eu te digo em voz alta:

Antes te ter à nada ter no coração;

Componho-te a mais bela serenata,

Que adianta negar?! Eu te amo, solidão!

André Espínola
Enviado por André Espínola em 29/01/2007
Código do texto: T362045
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.