Amante da Solidão
Ergo esta taça e bebo à ti, solidão;
Tu, que me faz companhia todo santo dia,
Até nos momentos de escuridão.
Acostumei-me assim, com tua sinfonia...
Desculpe-me se às vezes te maldisse
Estava na esperança desesperançada do amor:
Arrependi-me; foram momentos de meninice!
É um sentimento avassalador!
Vede, que ironia!
As pessoas negam-te, cheios de esperança
Tu mesma, solidão, és a mais sozinha
Até espalhares a tua vingança...
Agora eu te digo em voz alta:
Antes te ter à nada ter no coração;
Componho-te a mais bela serenata,
Que adianta negar?! Eu te amo, solidão!