Hikikomori

Hikikomori

Invisível

Aparentemente gélida

Imperecível

Passa e ninguém vê

Nem mesmo considera-se um ser

Caminha por caminhar, mas não tem o que fazer.

Erra e aparece

Todos vêem

E o ser se emudece

Nas ruas sua sombra é a única ao seu lado

Vê o mundo girando, mas tudo parasse parado

Anoite adimira a lua

Nua

Vestida somente pelas sombras

E coberta pelo véu da luz do luar

Ajeita-se e solitariamente volta pela noite andar

Atordoada, atormentada volta a perambular.

Feriu todos ao seu redor

Decidiu sozinha caminhar

Cerrou sua voz, decidiu se calar

Tampou seus ouvidos, não ouve mais os vividos ruídos

Lacrou sua vida

Decidiu uma sina

Escolheu a palavra

E junto ao seu tumulo e ao seu coração

Escreveu,marcou,idealizou e usou

Caminha solitariamente

Confinada na sua cela

Vestida pela escuridão

Banhada pelas lagrimas

E deita em seu tumulo

Lhe deixando flores

E gritando o seu selo, Oh! Hikikomori

(xx/7/2006)

R Duccini
Enviado por R Duccini em 31/01/2007
Código do texto: T364404
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