Mortos

Os olhos vidrados,

olhos sem brilho,

corpos descarnados,

os ossos alvacentos

apodrecendo ao sol.

O sangue derramado,

o sangue escorrendo

das minhas mãos...

Nessa noite eterna,

entre os mortos,

eu caminho só.

Tenho medo, pavor,

mas sou obrigado

a viver entre eles

num eterno terror.

Nessa desolação,

aflita melancolia,

vozes chamam,

e clamam e chamam...

Minha voz também clama

e chama e clama,

mas são apenas os mortos

que podem me ouvir.

LuizMorais
Enviado por LuizMorais em 09/05/2012
Código do texto: T3659085
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