Invente teu erro
A ternura que é tua, somente tua,
Escorre pelas frestas, outros bebem;
Achando belo o colorido de minha rua,
Se bem que, no fundo, aqueles sabem,
entre a fumaça transparente que sobe,
Todos eles já viram minha alma nua...
Há gemidos de prazer em tuas encostas,
Inexplorados, ignoras que eles existem;
Beba um pouquinho para saber se gostas,
Esses ais escondidos, quando se despem,
atiçam a alma, rumo ao deleite investem,
Timidez e receios perdem suas apostas...
A visão alienada do, “Deixe o mundo girar”
Deve ser por isso que existe tantos tontos;
Sonhos são metas para a gente conquistar,
Às vezes precisamos ruir muros, quantos;
Andar por momento de frente aos ventos,
Que soprem, pois; eles não vão derrubar...
Os infelizes são especialistas em felicidade,
posto que não sabem encontrar às suas;
dizer,“vá por mim” não estando na cidade,
presumo que errarei, se andar pelas vias,
e logo estarei nas mesmas tumbas frias,
Deixem que eu erre, na minha vontade...