A VALSA DO ADEUS


Adeus sonhos meus!
Liberto-os do cativeiro.
Mudou o cenário...
Num último e decisivo ato,
o amor morreu!
Dou-lhes a liberdade!
Fujam, antes que fiquem
sempre prisioneiros
nas águas fundas da saudade.
Quando tudo se assentar,
esquecendo eu o som
da porta fechada
e o silêncio enfim gritar,
quando a alma tombada levantar
com o beijo da brisa mansa
soprada pelo senhor tempo
e a dor, não mais sangrar,
trazendo de volta a esperança
para a ferida cicatrizar...
Renascerei num outro momento
e os mandarei buscar,
no sopro do amigo vento...

 

2007

 

 

 

 

 

 

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 02/02/2007
Reeditado em 06/01/2013
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